(...) Já em Penacova, visitámos o Penedo de Castro, um dos mais interessantes locais a conhecer nesta localidade e que fica por cima da povoação da Cheira, e que, por isso mesmo, se chamava, antigamente, Penedo da Cheira. O nome Penedo do Castro foi-lhe dado em 30 de Maio de 1908, em homenagem ao escritor Augusto Mendes Simões Castro, um dos mais antigos propagandiadores da região.
Com uma vista magnifica sobre Penacova e o Mondego, o nosso grupo, tomou ali o Porto de Honra.
Depois descemos até à praia fluvial, para as actividades recreativas que foram como sempre, muito animadas.
Ao almoço, mais um membro se juntou ao grupo. O Sr. Gravato, já se encontrava no restaurante Côta, em Penacova, à nossa espera, para uma chanfana de Cabra velha que estava uma delícia.(...)
http://vitral.cidadevirtual.pt
A Visabeira Turismo inaugurou em finais de Julho o Montebelo Aguieira Lake Resort & Spa, aldeamento turístico “premium” em Mortágua, junto à barragem da Aguieira,.
Um aldeamento turístico cinco estrelas com 152 unidades de alojamento (502 camas), que inclui spa, restaurante, ginásio, marina com 400 lugares de amarração, piscina, courts de ténis, sala de eventos para 400 pessoas, e outros equipamentos, para alem do leque de empreendimentos da Visabeira Turismo nas proximidades do resort (golfe Montebelo, clube hípico, parque aventura, o complexo ForLife, de desporto e bem-estar, entre outros), a poucos minutos.
As unidades de alojamento, de tipologias T1 a T4, entre apartamentos, moradias, e “villas”, várias com piscina, estão completamente equipadas e estão disponíveis para aluguer a partir de uma noite, ou para venda, com possibilidade de exploração turística fora nos períodos não ocupados pelos proprietários, como é habitual na imobiliária turística. Para além de somar mais de 500 camas à oferta da região, este é o primeiro resort turístico da região Centro.
Leia um texto de Pedro Viseu, em Penacova Actual:
(…) As luzes multicolores que reflectiam nas águas do Mondego e davam cor ao vale, levaram-me a pensar que, igual iniciativa por parte da autarquia, em óbvia parceria com os industriais e comerciantes da nossa terra, podia transformar aquele pequeno espectáculo, num ainda maior, mais impressionante, com mais luz, mais consistente e com recurso a mais pirotecnia.(…)
Leia mais
Obs: título nosso
O Inatel está a alargar o seu parque de Centros de Férias e para tanto
tenciona criar um deles na zona da Barragem da Aguieira, concelho de Santa Comba Dão.
Refere o Diário de Coimbra de hoje que outros municípios estariam empenhados no apoio à construção de um Centro em Castanheira de Pêra.
Hotel reabre com festa para a passagem de ano
Gary McCausland, investidor irlandês, e o presidente da Câmara, Maurício Marques, afirmaram o empenho na reabertura e futuro sucesso do Hotel de Penacova, que reabre na véspera do Ano Novo.
Gary McCausland, investidor irlandês, e o presidente da Câmara de Penacova, Maurício Marques, assinaram ontem o contrato de cessão de exploração do agora chamado Hotel de Penacova. Concretizada a negociação, a unidade hoteleira reabrirá no final de Dezembro, justamente para festejar a passagem de ano, com uma festa onde não faltarão a música e diversas celebridades.
O contrato de cessão de exploração foi ontem celebrado por um ano e meio, com a possibilidade de renovação por mais seis meses. Findo o contrato, a nova concessionária, a Histórias e Destinos Lda, de que Gary McCausland é o único sócio, terá a opção de compra da unidade hoteleira, caso esta seja vendida pela sociedade proprietária, que inclui a Câmara de Penacova e a Santa Casa da Misericórdia. Esta opção de compra deverá estender-se-á ao edifício do antigo hospital, que será o investidor irlandês pretende recuperar para completar este complexo de hotelaria de Penacova.
Durante a assinatura do contrato, o presidente da Câmara de Penacova afirmou-se satisfeito por ter encontrado um investidor, Gary McCausland, que “gosta e quer apostar” no concelho e é “um parceiro disposto a investir num projecto aliciante num sector estratégico” para o município, como é o turismo.
A solução encontrada, que mereceu a concordância da Santa Casa, é uma das soluções que poderia haver para o edifício do hotel, referiu Maurício Marques, considerando que, do ponto de vista do município, esta “é porventura a mais interessante”.
“Estamos muito empenhados no sucesso deste empreendimento”, afirmou o autarca, agradecendo aos que ajudaram na sua concretização, como John Dyer, da Portugal 4 Life, empresa ligada ao ramo imobiliário e que foi também intermediária no negócio, e a equipa do investidor irlandês, que inclui Sacha Macey, que ficará na gestão do hotel, a advogada Teresa Serra e Gonçalo Costa. Maurício Marques lembrou também a equipa da câmara e agradeceu a Óscar Simões e José Amaral que, representando a Santa Casa, estiveram presentes na sessão.
Transformar
o hotel e o concelho
Desenvolver o hotel, de modo a atrair turistas de vários países europeus, além dos do mercado português, e ajudar a transformar Penacova, foram as apostas expressas ontem por Gary McCausland. O investidor irlandês afirmou que pretende “transformar o hotel em algo único e especial”, admitindo que para isso “será preciso algum tempo e empenhamento”.
Gary McCausland, um conhecido apresentador e comentador de televisão, que já viajou por vários países, afirmou que Penacova “é um sítio muito especial”. Já conhecia a vila, onde ficou alojado neste mesmo hotel, e na altura questionou-se “como é que um sítio tão bonito não era aproveitado”, disse ontem o jovem investidor.
De resto, o irlandês recordou que utilizou imagens de Penacova no seu programa, que é transmitido para 19 países, e recebeu muitos e-mails a perguntar onde ficava aquela terra.
Questionado sobre as negociações com os trabalhadores do hotel – nove dos quais continuam sem emprego desde que a anterior concessionária encerrou a unidade, a 31 de Outubro –, Gary McCausland admitiu que serão agora realizadas entrevistas com cada um deles, com vista à celebração de contratos de trabalho. No entanto, realçou que a dinamização e ampliação que pretende para a unidade hoteleira, que levará a que no futuro sejam criados mais postos de trabalho, que poderão ser, no total, entre
Dora Loureiro
21-11-2007
Mondego
Do Porto da Raiva, passando por Coimbra e até à Figueira da Foz, o projecto do Parque Patrimonial do Mondego quer transformar o turismo cultural do país num espaço de dois ou três anos. Numa experiência inédita em Portugal, o objectivo é «fazer renascer um território em decadência», avança o arquitecto coordenador do projecto, Nuno Martins
Diário de Coimbra (DC) – O que é o Parque Patrimonial do Mondego?
Nuno Martins (NM) – É um projecto de revalorização e revitalização da paisagem cultural do rio Mondego, a qual resulta do uso do rio e das margens ao longo de séculos. E isso inclui o material e o imaterial: os edifícios, o património ambiental e ecológico, as tradições, a arte, a dança, a música...
DC – Para o cidadão como é que o parque vai funcionar?
NM – Qualquer pessoa do mundo pode aceder à nossa página na Internet e ver quais são os recursos patrimoniais
DC – De que património estamos a falar?
NM – Estamos a falar, por exemplo, de todo aquele comércio que durante séculos era feito no rio Mondego utilizando a barca serrana e que acontecia no sentido do Porto da Raiva para Coimbra e Figueira da Foz, trazendo produtos da região de Penacova e das Beiras, como o azeite, a lenha e a carqueja, que servia na altura como acendalha e era também utilizada para fins culinários. Da Figueira da Foz para nascente ia, por exemplo, peixe no sal. Nos dois sentidos, havia também o transporte de roupa, que era tratada pelas lavadeiras, que residiam em aldeias à volta da cidade, e que depois era trazida de volta e descarregada num cais da cidade, junto ao parque ou junto à Estação Nova, para ser entregue aos seus destinatários. Havia outras actividades ligadas ao rio, nomeadamente o próprio transporte de pessoas até à chegada do comboio em finais do século XIX.
DC – E como é que se pode recuperar esse património?
NM – O parque pode ser a plataforma mais adequada para agregar todas essas histórias – até porque o rio funciona como fio condutor destas narrativas – e todas as possibilidades que existem de as contar, quer seja através de criação de roteiros temáticos que integrem os vestígios que ficaram desta acção humana sobre o território, quer pela disseminação, por exemplo, de centros de interpretação para os visitantes.
DC – Qual o estado dos recursos ao longo dos
NM – Nalguns casos os recursos patrimoniais que identificámos não estão ainda sequer classificados como tal. Por exemplo, entre Coimbra e Penacova existem muitos edifícios de antigas quintas com uma arquitectura tradicional e que não só não estão classificados como património, como nalguns casos estão abandonados, semi-abandonados ou sub-utilizados. E são pontos que podem ter muito interesse se vierem a constituir um roteiro temático ou se forem reutilizados pensando nas populações e nos visitantes, quer para o turismo rural, quer para albergarem associações culturais locais.
DC – Para além de centros de interpretação, o que contempla o projecto?
NM – É suposto que possa haver um grande centro de visitantes que poderia ser uma figura que se fala há algum tempo em Coimbra, o Museu do Mondego, onde se reuniria todo o espólio ligado ao uso do rio e das suas margens.
DC – Onde seria?
NM – Pensámos num edifício secular que existe no nó das Lajes e que terá sido inicialmente um convento. Já no século XX veio a ser uma fábrica de confecções. Pelo que sabemos, está completamente abandonado. É um edifício que tem uma certa dignidade e que tem uma localização muito favorável pela sua acessibilidade e proximidade ao rio e a pontos de grande concentração de bens patrimoniais e culturais. Por outro lado, está também muito perto de uma paisagem rural que ainda resiste junto à cidade.
DC – Um projecto desta envergadura requer a acção concertada de várias entidades e também das autarquias. Já foi feito algum contacto?
NM – Em primeiro lugar, estamos a apostar na consolidação e promoção do trabalho, nomeadamente através da participação em concursos (um promovido pela Universidade de Aveiro e outro que é um dos mais importantes prémios internacionais dirigidos ao turismo sustentável, o “The Sustainable Development in Tourism Prize”). Ainda não tivemos nenhuma reunião oficial, mas já foram dirigidos pedidos, nomeadamente a entidades ligadas à cultura e ao turismo.
DC – Às autarquias não?
NM – Não, mas é a próxima etapa, porque o projecto tem um carácter intermunicipal e terá de contar não só com a aprovação, mas com o apoio concreto de autarquias e de instituições ligadas à cultura e ao ambiente.
DC – De que investimento global é que estaríamos a falar?
NM – É difícil quantificar o investimento global, porque estamos a falar de vários projectos, com diferentes fases e prioridades.
DC – E qual seria a prioridade?
NM – Um roteiro como o da barca serrana era o ideal para resgatar todas aquelas actividades em extinção, porque permitiria realmente fazer uma viagem no tempo a essa história, desde que se recuperassem e consolidassem as margens, se garantisse a navegabilidade do rio em todos os seus troços e se recuperasse alguns cais e portos. Depois seria necessário o centro de interpretação dos transportes fluviais e o Museu do Mondego.
DC – Então, para esse primeiro projecto poderíamos pensar em que valores?
NM – Não está nada ainda orçamentado.
DC – Se o processo fluísse, quando poderia estar pronto o parque, ou pelo menos esta primeira fase?
NM – Dois ou três anos seriam o suficiente para pôr de pé o grande esqueleto do parque patrimonial, que é os roteiros. Claro que criar a oferta diversificada, a programação, poderá levar mais tempo, porque passa pelo trabalho de muitas entidades.
DC – Que vantagens o parque poderá trazer às populações?
NM – Tem a grande mais-valia de poder fazer renascer um território em decadência. É sobretudo um projecto de elevação da auto-estima das populações residentes e de afirmação de uma identidade regional. Por outro lado, quando se atrai um milhão de pessoas para um sítio, isso tem repercussões económicas muito importantes e sugere a criação de empregos e de investimento, porque é preciso edificar infra-estruturas de apoio.
DC - Pela sua dimensão e múltiplas valências, não estamos perante um projecto utópico? Afinal, estamos a falar de um lote alargado de entidades, desde o próprio governo, autarquias, agentes culturais...
NM - Já foi feito noutros países. O turismo é hoje em dia a maior indústria do mundo em termos de pessoas, empregos e volume de negócios, se excluirmos a do armamento. E a Portugal, que no contexto europeu não é relevante nas áreas industriais ou agrícola, está reservado um papel importante nesta área do turismo cultural. Por outro lado, a exequibilidade do projecto advém de ele se alicerçar na cultura e nos recursos locais, não forçar investimentos em novas infra-estruturas (propõe a recuperação e a reutilização) e ser financiável pela União Europeia, pois assenta em vectores estratégicos das políticas comunitárias: o ambiente e o turismo sustentável.
IN Diário de Coimbra
Segunda-feira, 29 de Outubro 2007