Determinando a lei, que a prestação de contas deve ocorrer durante o mês de Abril, hoje à noite, a Assembleia Municipal vai reunir, tendo como principal ponto da ordem de trabalhos a discussão e votação do Relatório de Gestão e Prestação de Contas do Município de Penacova, referente ao ano de 2009.
Como vem sendo habitual, publicamos a primeira página do Jornal Frontal, órgão de comunicação que faz a cobertura dos concelhos de Penacova e Mortágua.
No próximo Domingo dia 2 de Maio, celebra-se o Dia da Mãe. Este ano será na Capela da Senhora da Saúde, no lugar de Carregal, freguesia de Friúmes.
Leia mais em PARÓQUIA DE PENACOVA
Não se conhecem as origens do incêndio, mas as chamas eclodiram, por volta das 16h00, na Biobriquete – Aproveitamento de Biomassas, Lda., em Travanca do Mondego, no concelho de Penacova.
Leia a notícia AQUI
Entre a Serra da Portela de Oliveira e a freguesia de Lorvão, no concelho de Penacova, rodámos a mó do moinho, peneirámos a farinha e fizemos broa. Uma rota para reviver uma das mais antigas ocupações humanas e que fez de nós moleiros.
Foi no Museu do Moinho Vitorino Nemésio, em pleno perímetro florestal da Serra do Buçaco, que iniciámos a Rota da Farinha e da Broa. E no interior do velho moinho, recuperado e aumentado, viajámos pela história da molinologia portuguesa que tanto encantou o poeta e escritor português. Percorremos a Sala dos Moinhos de Portugal, a Sala dos Moinhos de Água, a Sala dos Carretos, a Sala das Entrosgas, a Sala dos Moinhos de Vento e a Sala Nemésio e Documentos.
Leia a reportagem no jornal SOL
Esta é a madrugada que eu esperava
O dia inicial inteiro e limpo
Onde emergimos da noite e do silêncio
E livres habitamos a substância do tempo
Sophia de Mello Breyner Andresen
No dia 3 de Maio entre as 14h00 e as 18h00, no Edifício das Piscinas Municipais de Penacova, decorrerá mais um casting com vista à escolha dos modelos “made in Penacova” que integrarão o In Moda 2010. A selecção será feita por ordem de chegada. Não Faltes!
Está lançado o concurso público para a reabilitação e reforço estrutural de cinco pontes inseridas na rede viária da Aguieira e na EN234-6. O anúncio foi ontem feito pela Estradas de Portugal (EP) que, em comunicado, adianta que o valor do concurso, aberto até 26 de Maio, é de 12 milhões de euros.Em causa estão travessias do IP3, designadamente ponte do Cunhedo, no concelho de Penacova, ponte de Mortágua e pontes Foz do Dão, Santa Comba Dão e São João de Areias, no concelho de Santa Comba Dão.
Leia a notícia na íntegra em Diário de Coimbra
Valdemar Rosas é o novo confrade-mor da Confraria da Lampreia de Penacova, sucedendo, no cargo, a Estácio Flórido. Os novos órgãos sociais foram recentemente eleitos, através de uma lista única que, segundo o confrade-mor, reuniu consenso. Não sendo sócio-fundador da Confraria da Lampreia, Valdemar Rosas sublinha, contudo a «reunião de vontades» verificada na lista que liderou e que tem, como vice-presidente, Maria Fernanda Pimentel.
Leia mais em Diário de Coimbra
Há cerca de um mês, o jornal Campeão das Províncias, que se publica em Coimbra, entrevistou o Dr. Humberto Oliveira, Presidente da Câmara Municipal de Penacova. Pela sua oportunidade, deixamos aqui, o texto da mesma:
“O que Penacova tem de mais valioso e precioso é o seu património”
Humberto Oliveira, 37 anos, é o novo presidente da Câmara Municipal de Penacova. Traçar um novo rumo para o concelho, onde as questões do emprego e do desenvolvimento se afirmam como áreas prioritárias, é o grande desafio do autarca socialista para os próximos quatro anos. Em entrevista a “O Despertar”, Humberto Oliveira mostra-se preocupado com o desemprego e assume como “necessidade imperiosa” a fixação de novas empresas no concelho. Num momento em que estão em curso obras determinantes para o desenvolvimento concelhio, o autarca sublinha que o futuro de Penacova também terá que passar obrigatoriamente pela forte aposta no turismo, através do aproveitamento, valorização e promoção do património natural e construído.
Tomou posse recentemente como presidente da Câmara Municipal de Penacova. Quais são as prioridades que estabelece para estes quatro anos?
As prioridades são as mesmas que anunciámos na campanha eleitoral. O cenário confirma-se e mantêm-se. Sentimos uma necessidade imperiosa de conseguirmos instalar empresas no concelho, para melhorar a nossa capacidade de criação de emprego. Como sabemos, o desemprego é uma preocupação nacional e nós aqui em Penacova ainda temos outro tipo de dificuldades, já que temos algum desemprego estrutural de grande importância, principalmente no sector feminino. Essa é uma das nossas grandes prioridades. Depois é preciso apostar fortemente no turismo. O futuro tem que passar por este sector. O Festival da Lampreia [que decorreu há cerca de 15 dias no concelho], embora não seja uma novidade, é uma das iniciativas que traz muitos visitantes a Penacova mas há outras que queremos implementar. Posso dizer, por exemplo, que queremos criar condições para que a nossa pista de pesca possa funcionar e vamos também apostar na Livraria do Mondego, um monumento que candidatámos às 7 Maravilhas Naturais e que estava completamente abandonado há muitos anos. Queremos criar ali um espaço de atracção turística para que as pessoas possam vir apreciar as nossas paisagens e esperamos que possa vir a gerar investimento para o concelho. Pretendemos essencialmente virar-nos para os rios, para o Alva e para o Mondego, dois cursos de água com singularidades especiais e muito próprias e que, de alguma forma, fomos esquecendo nos últimos anos. O nosso desejo é colocá-los novamente no mapa e fazer com que as pessoas nos visitem também pelos nossos rios.
Entende portanto que o desenvolvimento do município terá que passar por essa forte aposta no turismo?
Com toda a certeza. A nossa grande mais valia é o nosso património. O que Penacova tem de mais valioso e precioso é o seu património. O próprio Governo disse que queria colocar três sectores no “Top Ten” mundial e um desses sectores era o turismo. Então, sendo este um desígnio nacional e tendo nós as características que temos, acho que não podemos ficar de fora desse esforço.
Como é que caracteriza o concelho de Penacova?
É um concelho grande e temos que reconhecer que não é um concelho muito fácil. Tem uma grande dimensão, com muitas aldeias relativamente dispersas entre si, e que têm algumas dificuldades de emprego. Temos duas ou três empresas com alguma dimensão, mas o resto são micro empresas, o que dificulta a entrada das pessoas no mercado local. A nossa população é obrigada a deslocar-se para fora, principalmente para Coimbra. Felizmente temos a vantagem da proximidade geográfica com Coimbra. Se assim não fosse penso que o problema do desemprego ainda seria maior.
Apesar das dificuldades ao nível do emprego, Penacova não tem problemas de desertificação?
Não. Embora tenhamos algumas aldeias que estão em estado de abandono não temos problemas de desertificação, até porque estamos próximos do Litoral. Aquela desertificação que se verifica no Interior aqui não se sente. Mesmo quando falo em abandono de algumas aldeias não é abandono pela fuga dos habitantes. O que se verifica nesses casos é que as pessoas começaram a criar zonas de construção na periferia da aldeia, passaram a construir novo e a não reconstruir o velho. Então temos habitações muito envelhecidas, casas completamente devolutas e a começar a cair. Obviamente que isso também nos traz preocupações já que levanta questões ao nível da segurança.
Podemos dizer que é um concelho em crescimento?
Não. Também não é um concelho em crescimento. Penso que estamos estabilizados. Actualmente temos cerca de 16.700 habitantes, nas 11 freguesias.
Qual é a maior dificuldade com que se deparou desde que assumiu os destinos do concelho?
Desde que tomei posse, as maiores dificuldades que senti prendem-se efectivamente com a questão do desemprego. Depois também me preocupa muito alguns atrasos em alguns investimentos que já deveriam estar mais adiantados, como o saneamento básico. Ainda temos que continuar a fazer um esforço grande nesta área quando já poderíamos estar a avançar para outras áreas, como a questão do turismo. Neste momento, como autarca, o verifico é que muitos dos projectos que gostaria de avançar terão eventualmente que esperar mais algum tempo. Noto que terei que ser mais comedido, porque primeiro ainda tenho que fazer alguns investimentos em áreas básicas que ainda não foram efetuados e que são determinantes para a qualidade de vida da nossa população.
Neste momento, estão algumas grandes obras em curso em Penacova…
Sim. De fato, estamos a fazer o maior esforço de investimento que com certeza foi alguma vez feito no município. Temos cerca de 11 milhões de euros de obra a decorrer, onde se destaca o saneamento básico, o centro cultural e um centro educativo do primeiro ciclo na vila de Penacova. Temos também em perspectiva avançar, ainda este ano, com um segundo centro educativo na freguesia do Lorvão. Estou a falar de obras fundamentais e estruturais. O centro cultural vai englobar também uma biblioteca, que vai substituir a actual que não tem grandes condições físicas; e o centro educativo foi uma das prioridades que colocámos no programa eleitoral enquanto candidatos. É também um dos desígnios nacionais criar centros educativos com melhores condições para os nossos alunos e para as nossas crianças e, portanto, também temos essa obrigação de fazer esse esforço nessa área.
Tem alguma previsão em relação à conclusão dessas obras?
Estou a contar que a biblioteca e o centro educativo estejam concluídos nos meados deste ano. Não há grandes derrapagens nos prazos por isso espero que o novo ano lectivo já possa iniciar-se na nova escola.
Para além destas, alguma obra que considere determinante para o concelho?
Há duas ou três, nomeadamente ao nível da regeneração urbana. Tanto Penacova como a vila do Lorvão têm uma singularidade patrimonial muito própria e têm alguma genuidade arquitectónica. Acho que a requalificação dos espaços urbanos beneficiaria bastante o concelho. Em relação a Penacova, penso que poderemos avançar, temos candidaturas aprovadas e é uma questão de resolvermos aqui alguns problemas, nomeadamente de enquadramento geral do projecto noutras intervenções, como o hotel. Quanto ao Lorvão, tivemos uma boa notícia no final do ano, com a aprovação de uma candidatura no QREN pelo ministério da Cultura para a requalificação do Mosteiro. Entendo que este pode ser o primeiro passo para que o Lorvão possa ter o lugar que merece nos roteiros turísticos deste país porque, de facto, temos aqui uma jóia nacional, um monumento muito bonito e que tem sido muito maltratado. Eu tenho 37 anos e sempre me lembro de ler e de ouvir pessoas a falar sobre a tristeza que era deixar o mosteiro abandonado como estava. Espero que brevemente esta situação seja alterada e estou convicto de que a recuperação do mosteiro será uma grande mais valia não só para Penacova como também para o país.
terça-feira, 16 de Março de 2010
Zilda Monteiro
NR: O título deste "post" é da nossa responsabilidade.
A COMISSAO DE MELHORAMENTOS DE PARADELA DA CORTIÇA
VAI REALIZAR NO DIA 24 DE ABRIL A SEGUNDA EDIÇAO DA FEIRA " AS NOSSAS SOPAS".
UMA OPORTUNIDADE PARA PROVAR AS DELICIOSAS
SOPAS QUE TODAS AS ASSOCIAÇOES PARTICIPANTES VAO APRESENTAR.
É com um grande pedido de desculpas pelo incómodo causado que a empresa «Geo Aventura», informa que a 1ª Maratona BTT Rota dos Moinhos de Penacova terá de ser adiada para data a definir. Devido a alguns problemas incontornáveis teve de ser tomada a referida decisão. É principal objectivo que nada falhe e se consiga criar um fantástico dia de BTT no concelho de Penacova. Assim, a Geo Aventura espera oportunamente anunciar a data definitiva para a realização do evento.
No blogue ZETOVARINHO http://zetovar1.blogspot.com/ podemos ler (registo de 26 de Março) um artigo intitulado “ A Escola, a Aldeia, a Rede e o Pensamento Estratégico”.
Escrito pelo Prof. Vitor Andrade, conhecido especialmente das gentes de Lorvão, este artigo apresenta um conjunto de reflexões interessantes sobre a sua experiência de trabalho nas comunidades rurais. Pode aceder ao citado blogue para ler o texto integral. No entanto, deixamos aqui alguns excertos que poderão servir para a nossa reflexão e serem o ponto de partida para algumas dinâmicas locais.
Penacova: a Escola e o Desenvolvimento Local
O início deste percurso reporta-se à minha entrada no ICE (Instituto das Comunidades Educativas) em 1996, em Penacova, no projecto Escolas Rurais.
Entrei na perspectiva de tentar perceber como as coisas se organizavam à minha volta e nos espaços que ia ocupando – na escola onde desenvolvia o meu trabalho e nas reuniões inter-equipas onde tentava perceber o que era o ICE - foi uma fase de aprendizagem muito intensa, porque estava a viver coisas novas, realidades e perspectivas que me questionavam.
A primeira questão orientadora pode formular-se deste modo: pode a Escola educar/desenvolver a comunidade? Ou, mais especificamente, a Escola, enquanto estrutura exterior – vista como Sistema Educativo / enformada pelo exterior, isto é, por uma política de educação que é Nacional, não enformada pela comunidade local - pode desenvolver essa comunidade? (…) De facto, a Escola não se pode considerar completamente exterior ao local, à comunidade...no entanto os processos são enformados pelas directivas centrais e não pelas redes de relações e significados locais. O professor que personaliza a escola no local, é organizado por uma estrutura central, não pelas relações locais A ESCOLA ao tocar as pessoas não é nula, provoca mudança na comunidade em que se insere...mas não se trata de uma dinâmica de desenvolvimento daquele espaço, não se trata de um processo de “Desenvolvimento Local”. Na minha concepção, o “Desenvolvimento Local” é mais a dinâmica das pessoas, das suas relações dentro do espaço e do modo como essas relações se organizam a partir da forma como interpretam o exterior. Como é que se pode alterar a situação? Como é que a Escola pode trabalhar o meio, pode não investir na formação do aluno mas mexer com a comunidade? Pode a escola ter, como campo de acção, a própria a aldeia? Desde cedo percebi que tinha de sair da escola e criar uma rede à sua volta que influenciasse a sua estrutura, o que não é fácil. Os processos de aculturação da relação Escola/Comunidade têm sido no sentido desta preparar os seus membros para actuarem na sociedade em geral e não a pensarem-se e pensar o local onde vivem. É criada a ideia que todos podemos fazer muitas coisas num local que não conhecemos ou simplesmente conhecemos intermediados. Nesta perspectiva o saber está desligado da acção. Para alterar isto a minha ideia seria fazer algo que não fosse escolar e centrado aí, convidar a escola a participar. Tentar um processo em sentido contrário, da comunidade para a escola. Desenvolver caminhos que conduzissem a Escola a processos de auto-questionamento, de aprendizagem.
A Feira de Artes e Cultura em Lorvão
O que poderia ser mobilizador de uma identidade local? Memórias, desejos, afectos? A estratégia encontrada traduziu-se na organização da Feira de Artes e Cultura, onde moleiros, paliteiros e todos os que estão ou estiveram ligados à construção da identidade de Penacova podiam estar e participar com estatuto de igualdade em relação à escola. A Feira de Artes e Cultura, desenvolveu-se como espaço de mostra e auto reflexão que permitiu à comunidade local reconstituir a sua própria imagem, a forma como se vê... como chegaram ali e como se podiam imaginar a partir dali? Fez-se a Feira, no princípio virada para dentro. O que é que havia? Houve um esforço de escuta, de inter-conhecimento. As pessoas falavam da cultura como se já não existisse, como se fosse memórias. O interessante era como dar a essa memória, um novo sentido, um sentido de futuro? Assim, começámos a convidar pessoas do exterior de forma a quem estava no local se revisse com os olhos de quem vem de fora. É este, tal como vejo, o fio condutor do Desenvolvimento Local: o que o local pensa do exterior é o que permite organizar o local - sem o exterior, o local organiza-se num relação de fechamento sobre si próprio.
Covas do Monte : a aldeia e o desenvolvimento local
Foi já com a bagagem do aprendido em Penacova que “parti” para Covas do Monte, uma aldeia onde já não havia escola. (…) Em Covas do Monte, um primeiro momento organizativo deu-se em torno do lagar: eu ouvia histórias do lagar, memórias e gostos... então porque não reconstituir o lagar? Para as pessoas da aldeia, a ideia do Lagar não tinha um valor objectivo, apenas afectivo. Mas quando pessoas de fora chegaram e começaram a ajudar a reconstituir o lagar, elas vieram dar um novo sentido à sua reconstrução – passou a ser uma realidade presente, algo que tinha valor, não era já apenas uma memória do passado transformou-se num valor simbólico da aldeia. Assim, toda a escuta e posterior conversa, foi um processo de eco-organização. Uma reorganização que veio dar novos sentidos às memórias, aos patrimónios culturais, dando-lhe um significado, um valor, um futuro.
Estratégia fundamental: conseguir alimentar redes. Eu não sou apenas o que sou, nem o que sei, sou também um conjunto de relações. Salto de um campo mais institucional, para as redes: não me envolvo apenas eu , mas tudo o que está ligado a mim, e este é também o meu processo de desenvolvimento. Compreender isto foi um salto na intervenção: em Penacova não tinha, ou não tinha consciência, desta rede de conhecimentos, nem redes de organizações que me permitiram, aqui em Covas do Monte, mobilizar públicos...
(…)O que se tem de meter no mercado é o processo que leva a esse produto – ao adquirir o produto, o público vai adquirir todo um processo cultural e isso tem outro valor: esse processo não existe for do local, para usufruir temos de ir ao Local, o processo é intransmissível. É no processo que está a cultura e a identidade das coisas e isto é o que me leva a ir ao Local e não adquirir numa prateleira de um supermercado.
Em Covas do Monte o processo passou por fazer das colheitas um momento atractivo para a aldeia. Como é que aquilo que fazem por necessidade, por trabalho, pode ser para outros, para o públicos que vêm do exterior, lazer de tal forma que pagam para participar?
Outra estratégia passou por transformar o trabalho de pastoreio num percurso pedestre... o trabalho do pastor passa a ser uma mais valia em função da captação de públicos.
Voltando a Penacova…
Voltando a Penacova, dou um exemplo que ilustra bem este conceito. Ao procurar valores para animar a Feira de Artes e Culturas, puseram-me em contacto com uma senhora que faz artesanato de madeira que se usa no fabrico dos palitos: objectos artísticos, facas, moinhos. Esta senhora e a sua filha produzem estes objectos numa garagem, à porta fechada. Ora, eu sei que o maior valor do artesanato não é a peça, é o processo... estas artesãs estão a roubar o maior valor ao artesanato, ao trabalhar fechadas na garagem... porque o que está aqui é culturalmente o modelo da fábrica: apenas interessa o produto acabado que se coloca no mercado. Fazem peça a peça e só vendem a peça. Porque é que a associação local não passa a ser um espaço onde se faz artesanato, de forma que públicos exteriores possam assistir ao processo de fabrico? Por uma alteração da organização cultural o acto escondido de fabrico de artesanato passa a ser exposto, tornando-se num recurso de desenvolvimento da aldeia pela sua captação de público. O público tem de aí se deslocar, pois só aí poderá usufruir daquele bem que é o processo. Com pessoas lá podem surgir todo um conjunto de outras actividades económicas.
Isto é válido na aldeia ou no bairro da cidade... se criarem uma estrutura de identidade criam sustentabilidade, se descaracterizarem e passarem a organizar-se apenas para servir e servirem-se do exterior esvaziam-se. Historicamente sempre assim foi, os pequenos espaços são estruturas de diversidade e de complementaridade. (…)
UM LIVRO FAZ-ME MAIS RICO
No âmbito da Comemoração do Ano Europeu do Combate à Pobreza e à Exclusão Social, a Biblioteca Municipal de Penacova participa na iniciativa da Direcção Geral do Livro e das Bibliotecas, "Um Livro Faz-me Mais Rico" que celebra, igualmente, o Dia Mundial do Livro que se comemora a 23 de Abril.
O REI VAI NU
O Auditório das Piscinas Municipais de Penacova recebe, nos próximos dias 27, 28 e 29 de Abril, o espectáculo "O Rei Vai Nu", leitura dramatizada do Conto de Hans Christian Andersen por Leonor Barata do grupo Ócios e Ofícios.
VEJA FONTE E SAIBA MAIS EM:
Cerca de 40 Bombeiros apoiados por nove veículos combateram ontem as chamas que deflagraram, perto das 20h.00, num armazém na localidade de Chelinho, concelho de Penacova.
O Incêndio de origens para já desconhecidas, destruíu todo o material que ocupava o 2.º andar do edificio, que era composto de madeira e outro material altamente combústivel.
SAIBA MAIS EM:
O Montebelo Aguieira Lake Resort & Spa, unidade de cinco estrelas junto à barragem de Aguieira, foi a unidade escolhida para estágio pelas selecções francesa e norueguesa de canoagem.
Alojada na unidade desde a passada terça-feira, dia 6, a selecção francesa vai estar em estágio até dia 14, enquanto o estágio da selecção norueguesa começa hoje e termina a dia 17, avança a unidade em nota informativa.
Composta por 16 atletas e quatro treinadores, a selecção francesa está a preparar as competições em que vai participar em Maio e escolheu o resort por este reunir “todas as condições para se tornar num centro de estágio”, informa a unidade, invocando a Nelo, empresa de fabrico de kayaks que é também o elo de ligação com as equipas e selecções que escolhem Portugal para treino.
A preparação das equipas desenvolve-se em vários níveis, como a preparação física no ginásio da unidade e corrida nas zonas envolventes, estando também previstos treinos diários em kayaks na barragem de Aguieira.
Saiba mais em:
O Município de Penacova associa-se à comemoração do Dia Internacional dos Monumentos e Sítios que, no ano de 2010, é subordinado à temática Património Rural, Paisagens Culturais.
PROGRAMA:
09H30 - Concentração em frente à Câmara Municipal de Penacova
10H00 - Início do Percurso PR2 - PCV
11H00 - Reforço Alimentar
12H30 - Visita à Igreja Paroquial de Carvalho
13H30 - Chegada a Carvalho Velho
13H45 - Opção de Trajecto: Percurso Pedestre de Carvalho Velho - Portela de Oliveira
15H00 - Portela de Oliveira
O transporte entre a Vila de Penacova e Carvalho Velho e vice versa será facultado pelo Município de Penacova.
O reforço alimentar, lanche e bebidas são da responsabilidade de cada participante.
Os participantes devem trazer roupa e calçado apropriado para a actividade.
INSCRIÇÕES:
Entrega de Ficha de Inscrição até às 17H00 do dia 14 de Abril na Recepção das Piscinas Municipais
Email: recepcao.piscinas@cm-penacova.pt
Fax: 239 478 098
Mais informações em Câmara Municipal de Penacova
Etiquetas: Penacova
FONTE: Centro de Portugal
A UTL/ ANAI – Universidade do Tempo Livre e Associação Nacional de Apoio ao Idoso vai organizar um passeio a Penacova no dia 30 de Abril.
Como pontos fortes do roteiro, destaca-se, conforme refere o folheto relativo à iniciativa:
Visita guiada ao: “Museu do Moinho Vitorino
Nemésio”
“Museu especializado, sendo o seu espólio constituído por
objectos de molinologia recolhidos não só no concelho de
Penacova, mas também noutros concelhos do país.
Os objectos representam o modo de funcionamento dos
Moinhos de Vento e de Água.
No Museu podem ver-se peças de Moinhos.”
• Visita ao exterior de um grupo de moinhos na Serra da Atalhada
Almoço no Restaurante “ Pedra do Moinho”
• Moinhos de Miro
“Na freguesia de Friúmes, concelho de Penacova, mais propriamente no cume da Serra da Atalhada, ergue-se um belo
complexo Turístico, composto por um conjunto de 23 Moinhos de vento, um Bar e um Restaurante.”
Vimieiro (S. Pedro de Alva)
Moinho de água e roda do rio
Moinhos de Gavinhos
“Daqui o panorama pela zona envolvente é fantástico, na
companhia de 14 moinhos de vento e de uma imagem do
Imaculado Coração de Maria, como que a abençoar os ventos, a vila e o trabalho dos moinhos.”
Ainda no desdobrável, podemos ler o seguinte texto:
Mil e uma razões para estudar os moinhos
Desde o longínquo paleolítico, época dos primeiros passos do Homem sobre a terra, que os homens se depararam com uma premente, e para muitos nunca satisfeita,
necessidade - a comida. Remonta a essas épocas a actividade de triturar e moer raízes, frutos e grãos silvestres que ajudavam na sua magra alimentação.
Mas a verdadeira moagem só aparece quando se generaliza o uso do pão, estando intimamente relacionada com a produção de cereais, utilizados na alimentação humana depois de esmagados ou reduzidos a farinha.
Das mós manuais se evoluiu para engenhos cada vez mais sofisticados...
Mil e uma razões para estudar os moinhos...
Se outras razões não houvesse, porque estão moribundos, tocados de morte...
Porque fazem parte do nosso imaginário. Para eles nos remetem algumas importantes obras no campo da literatura de ficção e no domínio das artes plásticas...
Porque, como afirmava o Eng. Santos Simões, Portugal é o país do mundo quetem mais moinhos e azulejos...
Porque os moinhos são importantes actores de uma história longa em que o "pão" é o principal protagonista...Aí está o "pão nosso de cada dia" da oração fulcral do
cristianismo. Pão que continua a servir para "superlativar" uma essencialidade: "é tão necessário como o pão para a boca".
Porque podem ser, como muitos outros vestígios do património industrial, fontes importantes para o estudo da organização social e do ambiente de trabalho.
No campo do património construído, representam, muitas vezes, "notáveis" exemplares da arquitectura popular.
Nota final
Quer continuem a laborar, quer já se tenham silenciado, as gentes falam, com orgulho, desses notáveis e arcaicos elementos do património construído... Os moinhos,
com o seu espaço circundante, são palco (cenário), e até protagonistas de "estórias"vividas e sonhadas, fazem parte do mundo lúdico e encantatório... A ida ao moinho
participava muitas vezes dos momentos festivos e rituais: pausa nos trabalhos maispesados, para que dos grãos pudesse nascer o pão-de-cada-dia que havia de alimentaros homens.
Excertos do livro MOINHOS DE ÁGUA DO PARQUE NATURAL DE MONTESINHO, VÍTOR
SIMÕES ALVES e JOSÉ RODRIGUES MONTEIRO
A I Maratona Rota dos Moinhos de Penacova
é uma prova organizada pela empresa GeoAventura
tendo como principal parceiro o municipio de Penacova.