Camião incendiado em acto de vandalismo
Um camião, propriedade de uma oficina de móveis, foi a “vítima” mais relevante de uma onda de vandalismo que atacou a vila de Penacova, na madrugada de ontem[1] não tendo escapado contentores do lixo e materiais existentes numa obra
Os Bombeiros Voluntários de Penacova foram alertados, ontem, às 3h00, para um incêndio num contentor do lixo, situado no terreiro da vila. Quando se deslocavam para o local nova chamada avisava para a existência de fogo numa viatura de mercadorias, na Costa do Frio.
Na realidade, foram vários os locais onde apareceram as chamas, nomeadamente em contentores de lixo e papeleiras, mas, especialmente, num camião da empresa “Moveis Viseu Lda.”, que ficou perfeitamente inutilizado.
Uma série de ocorrências quase simultâneas levam a pensar num caso de puro vandalismo, sendo a sequência de acontecimentos bastante clara, com os fogos a começarem na zona do Terreiro - onde um contentor ardeu junto ao quiosque em madeira ali existente, colocando a sai existência em risco - e terminando em frente à empresa de móveis, na Costa do Frio, com vestígios de outros “ataques” pelo meio.
Se os contentores poderão ser considerados danos materiais menores, já o veículo incendiado representa vários milhares de euros de prejuízo, que poderiam ser mais caso a viatura estivesse carregada com mercadoria, como salientou um dos responsáveis da firma.
Numa altura em que a Polícia Judiciária ainda procedia a perícias no camião, Fernando Viseu disse ao Diário de Coimbra que o veículo, apesar de não ser muito recente, fazia a sua função, sendo difícil substituí-lo pelo seu valor de mercado.
Ainda assim, a tragédia poderia ter sido pior, uma vez que, para além de não haver móveis dentro da viatura, no domingo à noite resolveu colocar na garagem o automóvel do irmão, que se encontrava praticamente encostado à Mitsubishi que foi incendiada.
Apesar de só as perícias policiais o poderem atestar, o veículo aparenta ter ardido de trás para a frente, não tendo as chamas atingido as rodas. Contudo, o fogo, para além de ter consumido as lonas e a caixa, entrou dentro da cabine, destruindo-a completamente. De acordo com o comandante dos Bombeiros Voluntários de Penacova, António Simões, duas viaturas e seis bombeiros, chamados por volta das 3h00, não tiveram mãos a medir, apagando primeiro o fogo no camião e depois em contentores, junto às casa de banho públicas e perto do quiosque.
Ontem, outros estragos eram visíveis, nomeadamente sinais de fogo em papeleiras metálicas e numa obra que decorre na zona, onde houve o requinte de atiçar fogo à rede de protecção que estava armazenada junto ao chão.
José Carlos Salgueiro >> Diário de Coimbra
Mondego
Do Porto da Raiva, passando por Coimbra e até à Figueira da Foz, o projecto do Parque Patrimonial do Mondego quer transformar o turismo cultural do país num espaço de dois ou três anos. Numa experiência inédita em Portugal, o objectivo é «fazer renascer um território em decadência», avança o arquitecto coordenador do projecto, Nuno Martins
Diário de Coimbra (DC) – O que é o Parque Patrimonial do Mondego?
Nuno Martins (NM) – É um projecto de revalorização e revitalização da paisagem cultural do rio Mondego, a qual resulta do uso do rio e das margens ao longo de séculos. E isso inclui o material e o imaterial: os edifícios, o património ambiental e ecológico, as tradições, a arte, a dança, a música...
DC – Para o cidadão como é que o parque vai funcionar?
NM – Qualquer pessoa do mundo pode aceder à nossa página na Internet e ver quais são os recursos patrimoniais
DC – De que património estamos a falar?
NM – Estamos a falar, por exemplo, de todo aquele comércio que durante séculos era feito no rio Mondego utilizando a barca serrana e que acontecia no sentido do Porto da Raiva para Coimbra e Figueira da Foz, trazendo produtos da região de Penacova e das Beiras, como o azeite, a lenha e a carqueja, que servia na altura como acendalha e era também utilizada para fins culinários. Da Figueira da Foz para nascente ia, por exemplo, peixe no sal. Nos dois sentidos, havia também o transporte de roupa, que era tratada pelas lavadeiras, que residiam em aldeias à volta da cidade, e que depois era trazida de volta e descarregada num cais da cidade, junto ao parque ou junto à Estação Nova, para ser entregue aos seus destinatários. Havia outras actividades ligadas ao rio, nomeadamente o próprio transporte de pessoas até à chegada do comboio em finais do século XIX.
DC – E como é que se pode recuperar esse património?
NM – O parque pode ser a plataforma mais adequada para agregar todas essas histórias – até porque o rio funciona como fio condutor destas narrativas – e todas as possibilidades que existem de as contar, quer seja através de criação de roteiros temáticos que integrem os vestígios que ficaram desta acção humana sobre o território, quer pela disseminação, por exemplo, de centros de interpretação para os visitantes.
DC – Qual o estado dos recursos ao longo dos
NM – Nalguns casos os recursos patrimoniais que identificámos não estão ainda sequer classificados como tal. Por exemplo, entre Coimbra e Penacova existem muitos edifícios de antigas quintas com uma arquitectura tradicional e que não só não estão classificados como património, como nalguns casos estão abandonados, semi-abandonados ou sub-utilizados. E são pontos que podem ter muito interesse se vierem a constituir um roteiro temático ou se forem reutilizados pensando nas populações e nos visitantes, quer para o turismo rural, quer para albergarem associações culturais locais.
DC – Para além de centros de interpretação, o que contempla o projecto?
NM – É suposto que possa haver um grande centro de visitantes que poderia ser uma figura que se fala há algum tempo em Coimbra, o Museu do Mondego, onde se reuniria todo o espólio ligado ao uso do rio e das suas margens.
DC – Onde seria?
NM – Pensámos num edifício secular que existe no nó das Lajes e que terá sido inicialmente um convento. Já no século XX veio a ser uma fábrica de confecções. Pelo que sabemos, está completamente abandonado. É um edifício que tem uma certa dignidade e que tem uma localização muito favorável pela sua acessibilidade e proximidade ao rio e a pontos de grande concentração de bens patrimoniais e culturais. Por outro lado, está também muito perto de uma paisagem rural que ainda resiste junto à cidade.
DC – Um projecto desta envergadura requer a acção concertada de várias entidades e também das autarquias. Já foi feito algum contacto?
NM – Em primeiro lugar, estamos a apostar na consolidação e promoção do trabalho, nomeadamente através da participação em concursos (um promovido pela Universidade de Aveiro e outro que é um dos mais importantes prémios internacionais dirigidos ao turismo sustentável, o “The Sustainable Development in Tourism Prize”). Ainda não tivemos nenhuma reunião oficial, mas já foram dirigidos pedidos, nomeadamente a entidades ligadas à cultura e ao turismo.
DC – Às autarquias não?
NM – Não, mas é a próxima etapa, porque o projecto tem um carácter intermunicipal e terá de contar não só com a aprovação, mas com o apoio concreto de autarquias e de instituições ligadas à cultura e ao ambiente.
DC – De que investimento global é que estaríamos a falar?
NM – É difícil quantificar o investimento global, porque estamos a falar de vários projectos, com diferentes fases e prioridades.
DC – E qual seria a prioridade?
NM – Um roteiro como o da barca serrana era o ideal para resgatar todas aquelas actividades em extinção, porque permitiria realmente fazer uma viagem no tempo a essa história, desde que se recuperassem e consolidassem as margens, se garantisse a navegabilidade do rio em todos os seus troços e se recuperasse alguns cais e portos. Depois seria necessário o centro de interpretação dos transportes fluviais e o Museu do Mondego.
DC – Então, para esse primeiro projecto poderíamos pensar em que valores?
NM – Não está nada ainda orçamentado.
DC – Se o processo fluísse, quando poderia estar pronto o parque, ou pelo menos esta primeira fase?
NM – Dois ou três anos seriam o suficiente para pôr de pé o grande esqueleto do parque patrimonial, que é os roteiros. Claro que criar a oferta diversificada, a programação, poderá levar mais tempo, porque passa pelo trabalho de muitas entidades.
DC – Que vantagens o parque poderá trazer às populações?
NM – Tem a grande mais-valia de poder fazer renascer um território em decadência. É sobretudo um projecto de elevação da auto-estima das populações residentes e de afirmação de uma identidade regional. Por outro lado, quando se atrai um milhão de pessoas para um sítio, isso tem repercussões económicas muito importantes e sugere a criação de empregos e de investimento, porque é preciso edificar infra-estruturas de apoio.
DC - Pela sua dimensão e múltiplas valências, não estamos perante um projecto utópico? Afinal, estamos a falar de um lote alargado de entidades, desde o próprio governo, autarquias, agentes culturais...
NM - Já foi feito noutros países. O turismo é hoje em dia a maior indústria do mundo em termos de pessoas, empregos e volume de negócios, se excluirmos a do armamento. E a Portugal, que no contexto europeu não é relevante nas áreas industriais ou agrícola, está reservado um papel importante nesta área do turismo cultural. Por outro lado, a exequibilidade do projecto advém de ele se alicerçar na cultura e nos recursos locais, não forçar investimentos em novas infra-estruturas (propõe a recuperação e a reutilização) e ser financiável pela União Europeia, pois assenta em vectores estratégicos das políticas comunitárias: o ambiente e o turismo sustentável.
IN Diário de Coimbra
Segunda-feira, 29 de Outubro 2007
O Agrupamento de Escolas de
Penacova dispõe
de uma página na Internet,
devidamente actualizada.
Pode consultar:
http://aepenacova.com.sapo.pt/index.htm
Também o Agrupamento
de Escolas de S. Pedro de Alva,
com sede na EB2,3:
Tivemos conhecimento de mais um blogue do nosso concelho,
para divulgação da Casa do Povo de S. Pedro de Alva.
Passamos a transcrever a nota de apresentação:
Quarta-feira, 10 de Outubro de 2007
Bem vindos
Antes de mais, bem vindos a este novo Blog.
A sua criação tem por objectivo a divulgação de uma iniciativa inédita na Vila de São Pedro de Alva, que se realizará no próximo dia 16 de Dezembro de 2007:
NATAL DA CASA DO POVO DE SÃO PEDRO DE ALVA
O programa está em preparação e será aqui divulgado logo que esteja aprovado pela direcção da Casa do Povo.
Serão dadas brevemente outras informações úteis para quem queira estar presente, em particular como chegar a São Pedro de Alva.
A preparação do Plano Estratégico do Baixo Mondego, no âmbito do QREN, esteve no centro da reunião da associação de municípios com a equipa liderada por Augusto Mateus.
“Com os estatutos já aprovados pelos 10 executivos e respectivas assembleias municipais, a formalização da constituição da Associação de Municípios do Baixo Mondego (AMBM) está prevista para o mês de Novembro” avançou o presidente da autarquia montemorense, Luís Leal, durante a reunião com a equipa chefiada por Augusto Mateus, no dia 18 de Outubro, em Montemor-o-Velho.
O encontro que teve como intuito analisar e debater as questões relacionadas com a região, nomeadamente com a preparação do Plano Estratégico do Baixo Mondego, no âmbito do novo Quadro de Referência Estratégico Nacional (QREN) 2007-2013.
A AMBM vai ser constituída pelos Municípios de Cantanhede, Coimbra, Condeixa-a-Nova, Figueira da Foz, Mealhada, Mira, Montemor-o-Velho, Penacova, Soure e Mortágua.
Com a disponibilização das verbas pelo QREN a serem atribuídas por concurso, o Prof. Augusto Mateus sublinhou que “o Baixo Mondego pode ter uma liderança qualitativa diferenciada na Região Centro e que o diagnóstico, em preparação, adopta uma abordagem que articula a competitividade e a coesão dos municípios envolvidos”.
Promovendo uma estratégia de atractividade territorial e de desenvolvimento sustentável, o grupo de trabalho vai, numa primeira fase, definir e apresentar o Plano Estratégico do Baixo Mondego, para posteriormente proceder à apresentação das candidaturas dos vários projectos.
Com o objectivo de articular os planos concelhios, intermunicipais e regionais, a AMBM vai promover, durante os próximos dias, reuniões com os vários eixos territoriais.
In Diário as Beiras sob o título " AMBM vai reforçar competitividade e coesão "
Blogue oficial do Clube:
http://mocidadefc.blogspot.com/
"Post " de
Apesar de desactualizado, à semelhança do que fizemos para o União de Chelo, e pretendemos fazer em relação a outros clubes desportivos, deixamos aqui uma referência à
Associação Desportiva e Cultural de S. Pedro de Alva.
Reportagem do jornal O DESPERTAR
"OS MOSTEIROS E O VINHO" DE LEITÃO COUTO
O sabor do “sangue da terra”
Por André Pereira (andrefilipereira@gmail.com)
“O vinho molha e tempera os espíritos e acalma as preocupações da mente... Ele reaviva as nossas alegrias e é o óleo para a chama da vida que se apaga. Se bebes moderadamente em pequenos tragos de cada vez, o vinho gotejará nos teus pulmões como o mais doce orvalho da manhã... Assim, então, o vinho não viola a razão, mas sim convida-nos gentilmente a uma agradável alegria.” Sócrates, filósofo grego
Joaquim Leitão Couto tem tido um percurso de relevante interesse pelo património cultural. Este seu amor pela cultura nacional começou desde cedo em Viseu, sua terra Natal, cidade com um abundante e rico espólio natural. Passou pelas universidades de Lisboa e Coimbra, onde adquiriu um saber médico amplamente reconhecido na área da Ortopedia.
Mais tarde, veio a ocupação de cargos autárquicos. Foi membro das assembleias municipais de Viseu e Penacova, presidente da câmara e presidente da assembleia municipal de Penacova. Como autarca, tornou-se amante do património, tendo sido autor e coordenador de publicações sobre todo o património concelhio de Penacova, desde os moinhos aos fornos de cal, passando pelo artesanato dos palitos, à vida e obra de António José d’Almeida e Vitorino Nemésio.
Contribuiu, ainda, para a musealização dos sítios neste concelho, no Museu do Moinho (Buçaco), no Museu dos Fornos de Cal e dos Carpinteiros (Casal de Santo Amaro), na Casa da Freira (Penacova), e na Casa do Monte (Lorvão).
Toda esta enorme bagagem cultural, repleta de experiências e vivências enriquecedoras, levaram Leitão Couto a elaborar o livro “Os Mosteiros e o Vinho”. Segundo Maria Alegria Marques, professora da Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra, “esta é uma obra de amor. De amor à terra, mãe da vida e dos homens, de amor ao mundo campesino, de amor a um mundo que, passado, não mais voltará”.
Inicia-se assim o prefácio desta obra que nos prende logo desde o início. Cheira a uvas cuidadosamente tratadas e pisadas com a sabedoria dos mais genuínos homens da terra. Cada folhear de página acende um aroma único de remotos caminhos de uva, longos dias de vindima, e merecidos descansos com um copo na mão.
Este livro é a junção de vários anos de pesquisa por todo o país. Percorrendo 30 concelhos do País, Leitão Couto conseguiu recolher uma colecção bastante completa. O autor afirma mesmo que esta é “a mais completa colecção de tanoaria de Portugal”. Da colecção fazem parte peças com dezenas de anos e com um valor incomensurável.
Em 2006, foi instalado o Museu de Tanoaria em Miranda do Corvo, numa antiga casa de tipologia rural. O Museu tem a colaboração da Associação para o Desenvolvimento e Formação Profissional de Miranda do Corvo e do respectivo município, no projecto de requalificação da Quinta da Paiva.
Os mosteiros foram, durante largos anos, os principais veículos de divulgação do vinho, reforçando a sua importância histórica e religiosa. O vinho tem sofrido uma evolução ao longo dos tempos mantendo, na sua essência, desde os segredos dos antigos processos de fabricação até à sua utilização na culinária mundial.
Uma das curiosidades que o livro nos apresenta é a arte de tratar a rolha de uma garrafa de vinho. “Ferver a rolha em vinho é um erro bastante comum”, afirma Leitão Couto. “A rolha deve ser introduzida seca e a garrafa colocada verticalmente para que o ar que se encontra sob pressão possa sair pela rolha”, conclui o autor que aprendeu este processo com António Dias Cardoso, da Escola Vitivinícola da Bairrada.
São muitas as histórias contadas neste magnífico livro. Desde os diferentes objectos de tanoaria encontrados e recolhidos, até às saborosas provas de vinho pelos recantos do nosso país.
A tecnologia actual é, sem dúvida, uma forma eficaz de resolver bastantes problemas. No entanto, no que respeita à pisa do vinho, a tradicional é mais aconselhada porque não destrói a uva completamente.
De realçar o grafismo do livro que, com as suas cores e formato, apela a uma leitura acompanhada pelo amigo de todas as alturas, o vinho. Leitão Couto sublinha o facto de este livro só ter sido possível devido aos diversos apoios que recebeu. Entre eles, está o Município de Miranda do Corvo, Município de Penacova, o Mosteiro de S. Cristóvão de Lafões, as Caves Aliança (Sangalhos) e Henrique Oliveira (Miranda do Corvo). Sem nunca esquecer, está a família que, segundo o autor, “ajudou imenso e apoiou nos momentos menos fáceis”.
A apresentação do livro ocorreu em Miranda do Covo. No entanto, haverá uma segunda apresentação em Lorvão, no mês de Outubro, aquando da festa em honra das Santas Rainhas.
In O DESPERTAR, 31.08.07
26 de Outubro:
>> Apresentação do Livro " Pinok e Baleote" de Miguel Horta
8 de Novembro:
>> " Julieta & Romeu" pela Companhia Panda Cá
19 de Novembro:
>> " Desmatematicando" pelo Grupo Sótão,
baseado no livro de Manuel António Pina
Fonte: Câmara Municipal
PROGRAMA:
Dia 4 de Novembro ( Domingo):
Torneio de Pesca Desportiva dos Bombeiros Voluntários de Penacova
Dia 10 de Novembro:
16:00 h - Abertura da Feira do Mel
22:00 h - Baile no Salão dos Bombeiros
Dia 11 de Novembro:
11:00 h - Feira do Mel
12:30 h - Almoço Convívio com a presença de representantes da Casa do Concelho de Penacova em Lisboa
15:00 h - Actuação de Ruizinho de Penacova
16:00 h - Tradicional Magusto
Fonte: site da Câmara Municipal
IMAGEM: http://nei.dei.uc.pt/wp-content/uploads/2006/11/Castanhas.GIF
Mais de um milhão de euros é quanto o município de Penacova viu inscritos no PIDDAC. Do lado oposto, Cantanhede, Mira e Soure ficaram a “zero”, enquanto que Góis conseguiu pouco mais do que isso
Três municípios do distrito de Coimbra – Cantanhede, Mira e Soure – não viram qualquer verba inscrita em PIDDAC (Programa de Investimentos e Despesas de Desenvolvimento da Administração Central). Do lado oposto, o Orçamento de Estado de 2008 revelou-se uma surpresa para o município de Penacova, que conseguiu mais de um milhão de euros inscritos, ultrapassado apenas pelos dois maiores centros urbanos: Coimbra e Figueira da Foz.
O presidente da Câmara Municipal de Penacova não mostra, no entanto, grande satisfação pela verba, uma vez que não contempla os investimentos há muito reclamados. O Mosteiro de Lorvão – «a obra prioritária» – e a recuperação paisagística da EN110 são exemplos, duas «reivindicações antigas», lembra o autarca, que, uma vez mais, continuam a passar despercebidas à Administração Central.
Sobre o Mosteiro de Lorvão, que aguarda «há décadas» por uma verba para a sua reabilitação e para a recuperação do órgão de tubos, Maurício Marques espera agora «que as verbas necessárias venham a estar contempladas no Programa Nacional do Ministério da Cultura». O mesmo se passa em relação à alteração dos nós de Oliveira do Mondego e Cunhedo, no IP3, e à recuperação da EN110 e do pontão do Caneiro (localizado nesta via). Nestes casos, aguarda por uma verba no orçamento da Estradas de Portugal (EP) que este ano é realizado fora do Orçamento de Estado.
À parte destas reivindicações, o autarca não deixa de se congratular pelos 1.035.862 euros incluídos em PIDDAC. O grosso da verba (997.772 euros) destina-se à reabilitação dos edifícios da antiga escola preparatória, entretanto integrada na Secundária, que «está completamente degradada». Mais de 16 mil euros são destinados ao pagamento de uma dívida do Estado para com a Associação de Apoio a Jovens e Idosos de S. Mamede, referente à construção da sua sede, sendo a restante parte destinada à Extensão de Saúde de S. Pedro de Alva (1.300 euros), à criação do Gabinete Técnico Local para a elaboração do planos de recuperação urbana de Aveleira e Roxo (5.000 euros) e à requalificação do centro histórico da vila de Penacova (15.000 euros).
Quase 165 mil euros para a Lousã
Do lado dos mais contemplados, destaque também para o concelho da Lousã, que viu inscrito em PIDDAC 164.862 euros, sendo o grosso da verba (100 mil euros) destinada à construção da EB1,2,3 da Lousã. O restante reparte-se entre o Centro de Emprego e a Unidade de Saúde Familiar, estando ainda reservados mil euros para a reabilitação do centro histórico da vila, incluindo a recuperação do fontanário e do Museu Etnográfico da Lousã.
Interior penalizado
Do lado oposto, os autarcas de Cantanhede, Mira e Soure, dos quais o Diário de Coimbra não conseguiu ontem obter qualquer depoimento, não têm motivos para satisfação, uma vez que o Orçamento de Estado não incluiu qualquer verba para estes concelhos no Programa de Investimentos e Despesas de Desenvolvimento da Administração Central. O mesmo sente o concelho de Góis, o mais prejudicado, uma vez que tem apenas mil euros inscritos para a reabilitação e recuperação do centro histórico da vila. Uma verba irrisória que demonstra, uma vez mais, a «discriminação dos concelhos do interior», como afirmou a vice-presidente da autarquia de Góis. «Já estamos habituados», diz mesmo Maria Helena Moniz, lamentando que se continue a apostar no litoral e nos grandes centros urbanos e a «esquecer os municípios do interior desertificado que, sem ajuda do Governo, dificilmente conseguem realizar grandes investimentos».
Um desses investimentos que fica, para já, pelo caminho, é a construção da Casa da Cultura de Góis. «A que existe é bonita mas está degradada e não temos uma sala condigna para espectáculos», explica a vice-presidente, adiantando que o projecto elaborado passa pela «quase total demolição» do actual edifício da Associação Educativa e Recreativa de Góis.
De entre os municípios com menor dotação orçamental, destaque para Pampilhosa da Serra, também este um concelho de interior, com 22.623 euros que vão ser investidos na construção do Centro Social e de Cultura e Recreio de Trinhão.
Nos restantes concelhos, as verbas inscritas são de 113 mil euros para Arganil, 24.084 euros para Condeixa-a-Nova, 53 mil euros para Miranda do Corvo, 38.416 euros para Montemor-o-Velho, 31.417 para Oliveira do Hospital, 31.548 para Penela, 78.930 para Tábua e 56.969 para Vila Nova de Poiares, para além de Coimbra e Figueira da Foz com uma dotação de, respectivamente, 44.080.952 e 7.419.000 euros.
Margarida Alvarinhas
Diário de Coimbra, 15 Outubro
Imagem: http://www.eb1-gondelim.rcts.pt/Fotos/mapa_penacova.jpg
De acordo com o Comunicado do Conselho de Conselho de Ministros Ministros de 11 de Outubro de 2007, foi aprovada uma Resolução respeitante ao Plano de Ordenamento da Albufeira da Aguieira, alterando a delimitação da Reserva Ecológica Nacional dos concelhos de Mortágua, Penacova, Santa Comba Dão, Tábua, Carregal do Sal e Tondela
Esta Resolução vem aprovar o Plano de Ordenamento da Albufeira da Aguieira, dotando-a de um instrumento de gestão territorial específico que visa a salvaguarda dos recursos e valores naturais e define o regime de gestão compatível com a utilização sustentável do território na respectiva área de intervenção.
Assim, procura-se conciliar a forte procura desta área com a conservação dos valores ambientais e ecológicos existentes e, principalmente, com a preservação da qualidade da água. Do mesmo modo, pretende-se, também, o aproveitamento dos recursos naturais existentes, através de uma abordagem integrada das potencialidades e das limitações do meio, com vista à definição de um modelo de desenvolvimento sustentável para o território.
Com efeito, o Plano de Ordenamento da Albufeira da Aguieira (POAA) incide sobre o plano de água e respectiva zona de protecção, com uma largura de
Por outro lado, e simultaneamente enquadrada no processo de elaboração do plano de ordenamento, aprova-se a alteração da delimitação da Reserva Ecológica Nacional (REN) para as áreas dos municípios de Mortágua, de Penacova, de Santa Comba Dão, de Tábua, do Carregal do Sal e de Tondela, respectivamente, na área abrangida por este plano especial de ordenamento do território.
In: http://www.governo.gov.pt/Portal/PT/Governos/Governos_Constitucionais/GC17/Conselho_de_Ministros/Comunicados_e_Conferencias_de_Imprensa/20071011.htm
O jornal Nova Esperança, de que foi fundador e director, assinalou o 1º aniversário da morte do Senhor Padre Veiga, ocorrida a 15 de Setembro de 2006.
Num artigo de opinião no jornal de Setembro, pode-se ler:
Cumpriu-se, a 15 de Setembro, um ano sobre a morte do senhor Padre Veiga. Todos nós, que com ele convivemos, guardamos na memória o seu exemplo de sacerdote dedicado aos seus paroquianos e recordamos a sua intensa actividade centrada nas muitas obras de carácter educativo, social e cultural que ao longo dos anos foi promovendo e incentivando. Uma vida dedicada aos mais pobres e desfavorecidos, à semelhança de muitos discípulos de Cristo.
Enquanto delineávamos o artigo para este número do Nova Esperança, folheámos uma colectânea de reflexões de Henrique Manuel, transmitidas na Rádio Renascença há uns anos atrás. Encontrámos dois textos sobre a morte de pessoas conhecidas, sobre esse momento misterioso da existência humana. Reflexões intituladas, uma delas, “Memória e Eternidade” e outra “Foi Inquieto, continua Vivo”.
Este último texto recordando, à data, o trigésimo quinto aniversário da morte do Padre Américo. Sobre o fundador das Casas do Gaiato, diz Henrique Manuel que em vida fora um homem inquieto. Padre Américo que terá, um dia, escrito que “ neste mundo vivificado pela morte do Redentor não vale quem tem, mas quem ama”.
O outro texto, “ Memória e Eternidade” começa por nos dizer que “ só morremos quando mortos na memória daqueles que nos amam”. Fala-nos da morte prematura - antes dos quarenta anos - duma catequista, que deixou boa memória, saudade e gratidão na sua aldeia. E escreve Henrique Manuel que é pena que, às vezes, seja preciso a morte para que esse reconhecimento venha ao de cima.
Só morremos quando mortos na memória daqueles que connosco viveram e nos amaram. A reflexão na Rádio Renascença de 17 de Julho de 1991 terminava dizendo que Padre Américo continua vivo nos olhos a rir de cada Gaiato”. Também o Senhor Padre Veiga continua vivo nos olhos de muitas crianças, no coração de muitos jovens, na memória de muitas pessoas que ajudou a Crescer, através do seu múnus sacerdotal, procurando cumprir sempre a tríplice dimensão do ministério de Cristo e da sua Igreja: acção profética, acção litúrgica e acção sócio - caritativa. "
Depois de 21 anos à frente da Paróquia de Penacova,
o Padre Carlos Pinho, deixou este arciprestado para,
ocupar a paroquialidade de S. Paulo de Frades-Coimbra.
Conforme mensagem da Comissão da Igreja de Penacova, a
obra que deixa " fala por si, na prática do culto religioso , devido à sua incansável persistência , empenhamento e dedicação na catequese, no grupo de escuteiros, na preparação do grupo de casais para o casamento, na Irmandade do santíssimo, no grupo de Franciscanos, no grupo de Acólitos, a sua permanente
preparaçaõ do coro da igreja e também no coro dos jovens..."
Também ao nível do património religioso foi reconhecido o seu importante papel na conservação e restauro do mesmo.
" Senhor Padre Pinho, pode ficar ciente que vai ser recordado pelo bem que fez a Deus e ao Povo de Penacova " - disse a concluir o representante da Comissão. O novo pároco de Penacova, Friúmes e Carvalho é o Padre Rodolfo Leite.
Fotos: Jornal Nova Esperança
Formar.com é um projecto de formação que a ACIC irá desenvolver no distrito de Coimbra (Coimbra, Arganil, Condeixa-a-Nova, Lousã, Mira, Miranda do Corvo, Montemor-o-Velho, Oliveira do Hospital, Penacova, Penela, Tábua e Vila Nova de Poiares). Dirigida a empresas, sócios e colaboradores das PME's que se enquadrem nos Projectos De Urbanismo Comercial, PROCOM/URBCOM, este projecto de duas formações, formação-acção e formação-sala, irá realizar-se em Penacova, nas seguintes datas:
06-11-2007
Atendimento e Vendas (25h) - piso -1, Edifício das Piscinas Municipais
01-04-2008
Vitrinismo (45h) – piso -1, Edifício das Piscinas Municipais
Em 19-09-2007 já se realizou:
Técnicas de Gestão Empresarial (50h)
FONTE: http://www.cm-penacova.pt/agenda.htm
O Agrupamento de
Escuteiros de Penacova
vai realizar
uma actividade no
Espaço Internet de
Penacova,
edifício das Piscinas
Municipais, intitulada
"A Volta ao Mundo em 50
Horas", , entre os dias 19 e 21
de Outubro.
Leitura de corpo inteiro - Ler para Querer
16 e 17 de Outubro
Destinatários:
Professores e Técnicos da Educação
Máximo de Inscrições - 14 pessoas
Fonte:http://www.cm-penacova.pt/agenda.htm
O União Popular
e Cultural de Chelo,
merece destaque no panorama
desportivo do concelho, a par de outros
clubes.
Recomendamos uma visita em
http://www.chelo.org/Filme2.html
OBS: Oportunamente, daremos destaque a outros clubes do concelho. As nossas desculpas por não o fazer nesta data.
Sonos, ilusões e opiniões sobre Penacova e tudo à volta
Como se refere no seu editorial,
" Este novo espaço, sem pretensões demasiado elevadas,
visa trazer de regresso a opinião
sobre o que se passa em Penacova e à sua volta,
e mostrando-a através
de imagens e fotografias."