A UTL/ ANAI – Universidade do Tempo Livre e Associação Nacional de Apoio ao Idoso vai organizar um passeio a Penacova no dia 30 de Abril.
Como pontos fortes do roteiro, destaca-se, conforme refere o folheto relativo à iniciativa:
Visita guiada ao: “Museu do Moinho Vitorino
Nemésio”
“Museu especializado, sendo o seu espólio constituído por
objectos de molinologia recolhidos não só no concelho de
Penacova, mas também noutros concelhos do país.
Os objectos representam o modo de funcionamento dos
Moinhos de Vento e de Água.
No Museu podem ver-se peças de Moinhos.”
• Visita ao exterior de um grupo de moinhos na Serra da Atalhada
Almoço no Restaurante “ Pedra do Moinho”
• Moinhos de Miro
“Na freguesia de Friúmes, concelho de Penacova, mais propriamente no cume da Serra da Atalhada, ergue-se um belo
complexo Turístico, composto por um conjunto de 23 Moinhos de vento, um Bar e um Restaurante.”
Vimieiro (S. Pedro de Alva)
Moinho de água e roda do rio
Moinhos de Gavinhos
“Daqui o panorama pela zona envolvente é fantástico, na
companhia de 14 moinhos de vento e de uma imagem do
Imaculado Coração de Maria, como que a abençoar os ventos, a vila e o trabalho dos moinhos.”
Ainda no desdobrável, podemos ler o seguinte texto:
Mil e uma razões para estudar os moinhos
Desde o longínquo paleolítico, época dos primeiros passos do Homem sobre a terra, que os homens se depararam com uma premente, e para muitos nunca satisfeita,
necessidade - a comida. Remonta a essas épocas a actividade de triturar e moer raízes, frutos e grãos silvestres que ajudavam na sua magra alimentação.
Mas a verdadeira moagem só aparece quando se generaliza o uso do pão, estando intimamente relacionada com a produção de cereais, utilizados na alimentação humana depois de esmagados ou reduzidos a farinha.
Das mós manuais se evoluiu para engenhos cada vez mais sofisticados...
Mil e uma razões para estudar os moinhos...
Se outras razões não houvesse, porque estão moribundos, tocados de morte...
Porque fazem parte do nosso imaginário. Para eles nos remetem algumas importantes obras no campo da literatura de ficção e no domínio das artes plásticas...
Porque, como afirmava o Eng. Santos Simões, Portugal é o país do mundo quetem mais moinhos e azulejos...
Porque os moinhos são importantes actores de uma história longa em que o "pão" é o principal protagonista...Aí está o "pão nosso de cada dia" da oração fulcral do
cristianismo. Pão que continua a servir para "superlativar" uma essencialidade: "é tão necessário como o pão para a boca".
Porque podem ser, como muitos outros vestígios do património industrial, fontes importantes para o estudo da organização social e do ambiente de trabalho.
No campo do património construído, representam, muitas vezes, "notáveis" exemplares da arquitectura popular.
Nota final
Quer continuem a laborar, quer já se tenham silenciado, as gentes falam, com orgulho, desses notáveis e arcaicos elementos do património construído... Os moinhos,
com o seu espaço circundante, são palco (cenário), e até protagonistas de "estórias"vividas e sonhadas, fazem parte do mundo lúdico e encantatório... A ida ao moinho
participava muitas vezes dos momentos festivos e rituais: pausa nos trabalhos maispesados, para que dos grãos pudesse nascer o pão-de-cada-dia que havia de alimentaros homens.
Excertos do livro MOINHOS DE ÁGUA DO PARQUE NATURAL DE MONTESINHO, VÍTOR
SIMÕES ALVES e JOSÉ RODRIGUES MONTEIRO